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Dicas de como cuidar melhor do seu rebanho

04/02/2020 14h29

Você sabia? Vacas com mastite clínica representam uma considerável parcela dos prejuízos causados pela mastite em fazendas leiteiras, um estudo canadense recente estimou que os prejuízos causados somente pela mastite clínica perfazem 34% dos custos totais da mastite, enquanto o custo da subclínica representa 48% e de medidas de prevenção, 15%. Assim, os custos da mastite clínica — que envolvem as perdas de produção de leite durante o restante da lactação, os tratamentos, o descarte de leite com resíduos de antibióticos e o descarte prematuro das vacas afetadas — afetam negativamente a rentabilidade da propriedade. Ainda que a forma mais econômica e eficiente de reduzir os custos da mastite clínica seja a prevenção, não é possível erradicar a doença. Em termos práticos, isso significa que, quando é feito o diagnóstico do caso clínico, a medida mais usada é o tratamento intramamário com antibióticos de todas os casos.

No entanto, dois estudos sobre as causas da mastite clínica no Brasil concluíram que os casos negativos (cultura negativa ou sem isolamento bacteriano) representam de 41 a 44% do total. As principais razões para a ausência de isolamento de bactérias em casos clínicos é a cura espontânea antes do diagnóstico, a ocorrência de resultados falso negativos na cultura microbiológica e quando o microrganismo não cresce nos meios de cultura tradicionais. Além deste alto percentual de casos negativos, a vasta maioria das mastites clínicas são leves (60%) ou moderadas (34%), o que siguifica que, de cada 10 casos, em pelo menos 9 não há risco de morte da vaca, pois somente os casos graves (6%) tem indicação de tratamento imediato. Este cenário geral leva ao uso desnecessário de antibióticos, pois, na ausência de isolamento bacteriano, não há indicação para o tratamento.

A questão prática é: como diagnosticar de forma rápida e na própria fazenda as causas da mastite clínica, para então tomar a melhor decisão terapêutica? Atualmente, existem no mercado boas opções para diagnóstico das causas da mastite na própria fazenda, conhecidas como cultura na fazenda. Nas fazendas que utilizam este sistema, após 24 horas é possível identificar se há ou não isolamento bacteriano. Nesta situação, uma questão importante é saber se há risco ao não tratar ou se há vantagem em tratar com antibióticos os casos leves e moderados de mastite com cultura negativa. Para responder esta questão, um estudo recente desenvolvido nos EUA, avaliou as respostas de tratamento, com ou sem antibiótico, em vacas com casos clínicos negativos.
Atualmente, existem no mercado boas opções para diagnóstico das causas da mastite na própria fazenda, conhecidas como cultura na fazenda. Nas fazendas que utilizam este sistema, após 24 horas é possível identificar se há ou não isolamento bacteriano. Nesta situação, uma questão importante é saber se há risco ao não tratar ou se há vantagem em tratar com antibióticos os casos leves e moderados de mastite com cultura negativa. Para responder esta questão, um estudo recente desenvolvido nos EUA, avaliou as respostas de tratamento, com ou sem antibiótico, em vacas com casos clínicos negativos. Os pesquisadores avaliaram um total de 121 casos clínicos que apresentaram resultado negativo após 24 horas do diagnóstico microbiológico na fazenda.

 



   
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