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Notícia

O que é a Doença do Mormo?

11/05/2016 11h50

A doença também é conhecida como lamparão, e é uma doença infectocontagiosa, que geralmente afeta animais como asnos, cavalos, cachorros, gatos e também o homem.

A bactéria responsável por essa infecção é a Burkholderia mallei e leva o paciente ou o animal a ser contaminado pelo contato e ingestão de água ou alimento contaminado.

Essa doença afeta pessoas e animais desde 1968 e na década de 90 foi considerada como uma enfermidade extinta do Brasil. Mas, no ano 2000 estudos mostraram a doença em algumas regiões do pais, principalmente no nordeste brasileiro.

O contato com os infectados pode acontecer por meio do pus, urina e também da secreção nasal. Assim, os agentes que causam a doença e estão presentes nesses meios podem passar a bactéria para uma pessoa saudável ou também o animal, principalmente o doméstico.

Por via respiratória a pessoa pode contrair a bactéria e desenvolver a doença. A incubação dura em média quatro dias.

A doença também pode afetar órgãos do paciente como o pulmão e fígado, que são de grande importância para o desenvolvimento do organismo do paciente.

Como se adquire - A forma de contrair a doença é por meio da bactéria, que afeta o paciente ao estar presente em alimentos contaminados ou também na água.
Essa situação acontece por meio do contágio que passa de pessoas para pessoas e quando presente em alimentos é passada ao paciente por meio da ingestão do que está contaminado.

Os animais podem adquirir a doença pelo mesmo meio de contágio: alimentos ou bebidas, e no caso dos animais, quando em contato com urina infectada, também podem adquirir a doença.

Sintomas - A doença apresenta alguns sintomas característicos como nódulos e lesões no pulmão, além de mucosa na região nasal e também a secreção.
A febre, tosse constante, emagrecimento e problemas no abdômen também podem completar a lista de sinais da doença.

A doença existe na forma crônica e também aguda. A doença apresenta alta taxa de mortalidade e os sintomas geralmente são os mesmos tanto no homem quanto nos animais.

Quando a doença acontece na forma crônica, os sintomas específicos são a febre de 42ºC, a fraqueza e também a prostação.

Ainda na forma crônica, situações de dispnéia e problemas na região nasal podem completar a lista.
Quando o mormo acontece na forma crônica, a doença apresenta sinais diferentes na pele do paciente, além de causar fossas nasais, o pulmão fica com a evolução mais lenta e pode mostrar problemas cutâneos.

Diagnóstico - Existem duas formas distintas e especificas de diagnosticar a doença, são elas a forma técnica, que consiste no isolamento da bactéria.

A outra forma é conhecida como técnica indireta e acontece por meio de pesquisas dos anticorpos do paciente.
Quando a doença afeta os animais, o bicho contaminado deve ser isolado dos outros, para evitar a doença se espalhe nos demais animais que convivem próximo ao que está doente.

Tanto em homem quanto em animal a doença apresenta alta taxa de mortalidade.

Exames de sangue podem ajudar a completar o diagnostico, identificando e mostrando a presença da bactéria no organismo do paciente.

Assim que identificado o problema, o homem ou animal é direcionado ao tratamento da doença.

Como é feito o tratamento - No animal a doença é contida por meio de medicamentos. Durante o processo de tratamento o animal permanece em situação de isolamento. O período em que a medicação leva para fazer efeitos chega a 20 dias. Esse é o tempo base que o animal fica isolado. Depois disso pode voltar ao convívio com outros animais e ainda assim deve fazer uso da medicação.

Quando a doença atinge o homem, não é necessário o isolamento por completo, apenas cuidados preventivos para que a pessoa não passe a bactéria para outras pessoas.

A medicação também faz parte do tratamento, junto com o cuidado com os alimentos que possam conter a bactéria, que muitas vezes é a responsável pela transmissão da doença.

O tratamento dura em média 15 dias, para aliviar os sintomas e amenizar os efeitos da doença.

Como prevenir - A prevenção da doença consiste na atenção com o contato direto com pessoas infectadas da doença.
Os alimentos merecem atenção em especial, pois por meio deles a doença também pode ser contraída.
Assim que a doença for identificada seja no animal ou no homem, a Defesa Sanitária do Município deve ser avisada de imediato.

O paciente, alimento ou local infectado deve ser isolado para que não haja mais casos da doença.
Com a suspeita da doença é essencial que o paciente procure um médico para que o tratamento seja imediato, para evitar a mortalidade do paciente e também a infecção em outros homens ou animais.

Geralmente o problema acomete os animais, por isso, em contato com regiões rurais, atente-se aos possíveis sintomas que possam surgir, para que havendo alterações no organismo do paciente, o médico seja procurado.






   
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